Biodiversity & Ecology

English

Abstract: Rangelands in arid areas of southern Africa are prone to degradation through overutilization. Once degraded, rangelands recover very slowly or may not recover without external drivers such as very high-rainfall years. To what extent, at what pace, and to which state Succulent Karoo vegetation is able to recover from long-term exposure to high grazing pressure ? from extensive commercial farming, for instance ? is poorly understood. We analysed 17 years of annual vegetation monitoring data from the Hardeveld bioregion of the South African Namaqualand. Th e recording commenced one year aft er the grazing pressure on the rangeland had been reduced from as much as 120% to 30% of the recommended stocking rate. Non-metric multidimensional scaling (NMDS) of all 17 annual relevés for the 20 plots showed a strong division of the species composition into 8 upland and 12 lowland plots. When applying NMDS to the relevés for the plots separately, in comparison with the lowland plots, upland plots showed a stronger directional change where the species composition shift ed away from the initial state. Th e year-to-year species turnover per habitat, however, was greater on lowland compared to upland habitats. Th e visualisation of the cover changes per life form type showed that both habitats diff ered in their life form composition, with a higher dominance of large shrubs in upland compared to lowland habitats. Th e outcome of the study revealed a habitat-specifi c response of vegetation to land use change. But even within the habitats, the vegetation showed plot-specifi c responses of the vegetation to the variances in abiotic factors. We suggest that further analyses should have a stronger focus on species-specifi c responses at the diff erent sites and employ a more refi ned life form classifi cation, adapted for the Succulent Karoo vegetation.

Portuguese

Resumo: As pastagens em áreas áridas do Sul de África têm tendência a serem degradadas pela utilização excessiva. Uma vez degradadas, as pastagens recuperam muito lentamente ou podem não recuperar sem factores externos, tais como anos de chuva intensa. Sabe-se pouco sobre até que ponto, a que ritmo e a que estado a vegetação de Succulent Karoo é capaz de recuperar de uma exposição de longa duração a uma alta pressão de pastoreio, por exemplo de agricultura comercial extensiva. Analisámos 17 anos de dados de monitorização anuais de vegetação da bioregião de Hardeveld, da Namaqualand da África do Sul. O registo foi iniciado um ano após a redução da pressão de pastoreio, de 120% para 30% da taxa recomendada de densidade. O escalonamento multidimensional não-métrico (NMDS) de todos os 17 relevés anuais para as 20 parcelas mostrou uma forte divisão da composição específi ca em oito parcelas de montanha e doze parcelas de planície. Quando o NMDS foi aplicado aos relevés para as parcelas em separado, em comparação com as parcelas de planície, as de montanha mostraram uma mudança direccional mais forte onde a composição de espécies se afastou do estado inicial. Porém, o turnover the espécies anual por habitat foi maior em habitats de planície, em comparação com habitats de montanha. A visualização das alterações de cobertura por tipos de formas de vida mostrou que ambos os habitats variaram na sua composição dem formas de vida, com uma maior dominância de grandes arbustos nos habitats de montanha, em comparação com os habitats de planície. O resultado do estudo revelou uma resposta da vegetação específi ca ao habitat em relação à alteração do uso das terras. Mas, mesmo dentro dos habitats, a vegetação mostrou respostas específi cas aos plots em relação à variação dos factores abióticos. Sugerimos que futuras análises tenham um foco mais forte nas respostas específi cas das espécies nos diferentes locais, e empreguem uma classifi cação de formas de vida mais refi nada, adaptada à vegetação de Succulent Karoo.