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Division BEE > Biodiversity & Ecology > Vol.6 > Article 8.10 |
Biodiversity & Ecology
Journal of the Division Biodiversity, Evolution and Ecology of Plants , Institute for Plant Science and Microbiology, University of Hamburg.
Biodiversity Research article Open Access The response of small mammal communities to low and high fire recurrences in Kafue National Park, Zambia English Portuguese Resumo: Para investigar a infl uência do fogo nas comunidades de pequenos mamíferos no Parque Nacional de Kafue, capturámos 105 i ndivíduos (pertencentes às famílias Nesomyids, Murids, Sciurids e Soricids) na época seca de 2014 e de 2015. Aplicámos 6 273 armadilhas em locais que representam três grandes habitats de pequenos mamíferos (prados, bosques de miombo e colónia de térmitas) e dois regimes de fogo, recorrência de fogo alta e recorrência de fogo baixa. A idade do fogo foi atribuída com base no último evento de incêndio num local de armadilhagem. Estas três serviram como variáveis preditivas, enquanto que a estrutura da comunidade, a riqueza específi ca e a massa corporal serviram como variáveis de resposta. A vegetação teve um efeito signifi cativo em todas as variáveis de resposta. As comunidades em colónias de térmitas e prados sobrepuseram-se, enquanto que os bosques de Miombo fi caram à parte. As colónias de térmitas foram as mais ricas em espécies e poderão servir como refúgio para espécies durante períodos de perturbação. Nas áreas de alta e baixa recorrência de incêndios, a idade do fogo teve diferentes efeitos nas variáveis de resposta. Nas áreas de baixa recorrência, a riqueza específi ca aumentou com o tempo desde o último incêndio, diminuindo nas áreas de alta recorrência. Isto poderá ser o resultado da redução da cobertura disponível para abrigar da predação e outros factores ambientais, pois o fogo reduz a biomassa da vegetação. Esta resposta pode também ser uma função dos seus traços de história de vida, particularmente o tamanho do corpo, o qual diminiu à medida que o tempo passou desde o último incêndio, implicando uma maior vulnerabilidade das espécies de porte pequeno aos regimes actuais de fogo. Além disso, o fogo teve também uma infl uência no uso dos recursos dietários pelos roedores, pois estes tenderam a alargar os seus nichos dietários em áreas de alta recorrência de fogos, em comparação com áreas de baixa recorrência. Isto corrobora a noção de que os pequenos mamíferos podem tanto lidar com incêndios frequentes como infrequentes.
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