Biodiversity & Ecology

English

Abstract: Climate change in southern Africa is predicted to be severe, and animal agriculture will suff er the most. However, there exist wild legumes that have survived under harsh environmental conditions and contribute to a varied diet for the grazing ungulates. This study tested the chemical composition of four wild herbaceous legumes each from Tswapong and Ngamiland districts in Botswana (Chamaecrista abscus, Chamaecrista rotundifolia, Crotalaria sphaerocarpa, Tephrosia lupinifolia, Tephrosia purpurea, Indigofera sp., Zornia glochidiata.). These plant species were previously found to fi x nitrogen in the soil by the SASSCAL research Task 316, and the plant selection was also guided by informed focus discussions with farmers. For Tswapong the results show that C. rotundifolia and T. purpurea had the highest level of crude protein (CP) while Z. glochidiata had the least CP. In vitro gas production showed high gas yield for Z. glochidiata, and a small volume of gas was produced by T. lupinifolia. Condensed tannins (CT) were higher for Z. glochidiata and C. rotundifolia but lower for T. purpurea and T. lupinifolia. CT were at similar concentration for C. rotundifolia and Z. glochidiata. No relationship was detected between condensed tannins and crude protein. With regard to samples from Ngamiland, there was no diff erences among plant species for acid detergent fi bre (ADF), whereas other parameters measured were signifi cantly diff erent among the legume plants. Indigofera sp. had the highest CP, while Crotalaria sphaerocarpa had the lowest. In general, levels of crude protein were diff erent among the legumes investigated but overall were higher than in natural grass, indicating their importance in providing protein to grazing ungulates in rangelands. Their high protein content also suggests the plants? potential as protein supplements if domesticated as fodder crops. However, palatability, toxicity, and intake should be tested in future studies before any recommendations are made.

Portuguese

Resumo: Prevê-se que as alterações climáticas no Sul de África sejam severas, e a agricultura animal será a que irá sofrer mais. Porém, existem leguminosas silvestres que sobreviveram sob condições ambientais severas e contribuem para uma dieta variada dos ungulados de pastagem. Este estudo testou a composição química de quatro leguminosas herbáceas silvestres, cada uma dos distritos de Tswapong e Ngamiland no Botswana (Chamaecrista abscus, Chamaecrista rotundifolia, Crotalaria sphaerocarpa, Tephrosia lupinifolia, Tephrosia purpurea, Indigofera sp., Zornia glochidiata). Foi previamente descoberto pela equipa de trabalho 316 do SASSCAL que estas espécies de plantas fi xam azoto no solo, tendo a selecção de plantas sido também guiada por discussões de foco informado com agricultores. Para Tswapong, os resultados mostram que C. rotundifolia e T. purpurea tiveram os níveis mais elevados de proteína bruta (CP), enquanto que Z. glochidiata teve a menor quantidade de CP. In vitro, a produção de gás mostrou um elevado rendimento pela Z. glochidiata, enquanto que um pequeno volume de gás foi produzido pela T. lupinifolia. Taninos condensados (CT) foram mais elevados na Z. glochidiata e C. rotundifolia, mas menos elevados na T. purpurea e T. lupinifolia. Os CT tinham concentrações semelhantes na C. rotundifolia e Z. glochidiata Nenhuma relação foi detectada entre os taninos condensados e a proteína bruta. Em relação às amostras de Ngamiland, não houve diferenças entre as espécies de plantas em relação à fi bra detergente ácida (ADF), enquanto que outros parâmetros medidos foram signifi cativamente diferentes entre as plantas leguminosas. Indigofera sp. teve a maior CP, enquanto que Crotalaria sphaerocarpa teve a menor. No geral, os níveis de proteína bruta foram diferentes entre as espécies de leguminosas investigadas, mas globalmente foram maiores que em gramíneas naturais, indicando a sua importância no fornecimento de proteína aos ungulados em pastagens. O seu elevado conteúdo de proteína sugere também o potencial das plantas como suplemento de proteína se domesticadas como culturas forrageiras. No entanto, a p alatabilidade, toxicidade e ingestão deverão ser testadas em estudos futuros antes de serem feitas quaisqueres recomendações.